domingo, 15 de abril de 2012

Um policial militar é procurado no início da tarde deste domingo (15) sob suspeita de sequestrar e estuprar uma jovem de 21 anos, nesta madrugada, em Campo Grande, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil. Segundo a polícia, o PM foi identificado após o namorado da vítima pedir ajuda à policia. O casal teria sido abordado pelo policial quando seguia de carro em direção à casa dela. De acordo com a polícia, o PM então revistou os dois e alegou que teria que levar a vítima pois ela estava sem documentos. Durante buscas, ao avistar o carro do policial, o namorado chamou a polícia. O PM foi identificado e encaminhado para a 35ª DP (Campo Grande). PMs prestam esclarecimentos No entanto, segundo a polícia, não foi dada voz de prisão e o PM não estava algemado. Dessa forma, o suspeito conseguiu fugir durante o registro de ocorrência na delegacia. Os dois policiais militares que fizeram a ocorrência e o casal prestam depoimento na delegacia nesta tarde. A Polícia Civil informou que a corregedoria interna da corporação já acionou a corregedoria da Polícia Militar para investigar o caso. A polícia ainda não sabe por que os dois policiais não algemaram nem deram voz de prisão ao suspeito.

Velório acontece neste domingo (15), no Cemitério São João Batista. Ele tinha 66 anos e sofria de problemas cardíacos
O corpo do antropólogo Gilberto Velho é velado desde as 10h deste domingo (15), na Capela 3 do Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Cerca de 50 pessoas, entre parentes e amigos, prestam as últimas homenagens ao antropólogo. De acordo com amigos, Gilberto Velho tinha 66 anos e sofria de problemas cardíacos. Ele morreu na madrugada de sábado (14), em casa, enquanto dormia. O antropólogo era membro da Academia Brasileira de Ciências. Gilberto Velho se formou bacharel em Ciências Sociais em 1968, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ele fez ainda doutorado na Universidade de São Paulo (USP) e especialização nos EUA. O antropólogo escreveu 16 livros, entre os mais importantes está a pesquisa “A utopia urbana”. Veja abaixo mais informações sobre a carreira de Gilberto Velho. O também antropólogo Hermano Vianna, amigo e ex-aluno de Gilberto Velho, fez questão de ressaltar a importância e a originalidade da obra do antropólogo para o estudo das ciências sociais no Brasil: “A minha obra é uma nota pé de página da obra de Gilberto. E não digo isso apenas pelo momento, mas já até escrevi isso em meus trabalhos”, disse, elogiosamente, Vianna. “O Gilberto foi um pioneiro, um desbravador”, ressaltou Vianna. “Essa entrada dos antropólogos para pesquisar o meio urbano foi algo muito original, que o Gilberto propôs, iniciou e abriu caminho para todo mundo que veio depois”, complementou. Gilberto Velho foi orientador da dissertação de mestrado e da tese de doutorado de Celso Castro, que hoje é diretor do Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil da Fundação Getúlio Vargas (CPDOC/FGV). “Gilberto foi uma pessoa importantíssima na antropologia brasileira. Ele criou uma área de estudo que se convencionou chamar de antropologia urbana e das sociedades complexas”, explica Castro. “Não havia esse tipo de antropologia sendo feita, no mundo inteiro. Ele desenvolveu um modo de fazer antropologia no qual o Brasil é pioneiro”, complementa Vianna. “Até a obra dele, a antropologia no Brasil, basicamente, se limitava ao estudo das populações indígenas e camponesas”, explica Castro. “A dissertação de mestrado dele, publicada com o nome de ‘A utopia urbana’, foi um estudo muito pioneiro, realizado em Copacabana, sobre modos de vida, expectativas familiares, pessoais e profissionais”, relata o diretor do CPDOC/FGV. Castro destaca ainda a multidisciplinaridade realizada por Gilberto Velho, em uma época onde o termo ainda não era tão difundido como hoje. “Gilberto estabeleceu muitas pontes com outras áreas do conhecimento, como a psicologia, a história, a comunicação. Ele não ficava restrito a área de antropologia. Ele valorizava muitos esses trânsitos entre disciplinas. Ele tinha esse dom”, conta ele. Gilberto Velho também foi pioneiro ao entrar, no ano 2000, para a Academia Brasileira de Ciências (ABC). De acordo com Castro, o antropólogo foi o primeiro da área de ciências sociais a entrar na ABC. “Também foi um ator público muito importante. Gilberto escreveu muito para jornais, em vários veículos de imprensa. Foi uma pessoa muito presente no debate público” “Foi uma perda inesperada e muito significativa. Ele deixa um legado muito importante, não só através das suas obras, mas das pessoas que ele formou e conviveu no âmbito profissional e acadêmico”, finalizou Castro. “Foi um privilégio ter convivido com ele”, concluiu Vianna. O corpo será cremado às 10h de segunda-feira (15), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária. Carreira Gilberto Velho nasceu em 15 de maio de 1945, no Rio. Um ano após se formar pela UFRJ, ele começou mestrado no programa de pós-graduação em Antropologia Social do Museu Nacional da mesma instituição. Com o título de mestre, ele se especializou em Antropologia Urbana e Sociedades Complexas no Departamento de Antropologia da Universidade do Texas. Em 1975 concluiu doutorado em Ciências Humanas na Universidade de São Paulo (USP). Ele ocupou cargos importantes em instituições renomadas na área de Ciências Humanas, atualmente Gilberto Velho era professor decano do Departamento de Antropologia Social do Museu Nacional da UFRJ e membro da Academia Brasileira de Ciências. Entre outras condecorações, é portador da Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico e comendador da Ordem do Rio Branco. Entre suas obras estão os livros "Mudança, Crise e Violência: política e cultura no Brasil contemporâneo" (2002) e "A Utopia Urbana: um estudo de antropologia social" (1973).
"Ele deixa discípulos, alunos e muitos amigos. E um vazio que nunca será preenchido", diz a antropóloga e colunista do G1, Yvonne Maggie, que foi casada com Velho por sete anos, além de ter sido colega de classe no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro. "Gilberto foi um dos mais importantes antropólogos da atualidade e contemporaneidade. Trouxe uma antropologia nova, urbana, reconhecida internacionalmente e que influenciou antropólogos dos Estados Unidos e Europa".

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