O promotor desmentiu informações passadas pelo juiz Bizerra, em entrevista exclusiva ao A TARDE, publicada domingo, de que “todos os promotores atuantes no caso concordaram, até então, com as medidas tomadas”. Ghignone rebateu que “em alguns dos processos, o MP não teve conhecimento. Não tinha como questionar as medidas até então adotadas. Nos outros que o MP tomou conhecimento, realizou alguns requerimentos que não foram atendidos”.
Conselho tutelar – Ele lamentou que relatórios do Conselho Tutelar tenham sido usados para fim indevido: “Os relatórios não eram solicitando a entrega das crianças para adoção. Eram documentos destacando uma situação observada pelo conselho no momento”. E ainda reclamou da falta de oitivas dos pais biológicos no processo, outra irregularidade, à luz do ECA: “O MP tinha feito uma solicitação de citação dos pais. Em outro, pediu que fossem procurados parentes mais próximos que tivessem interesse em ficar com as crianças, o que também não ocorreu”.
Ghignone aguarda relatórios sociais feitos com as famílias adotivas em São Paulo e pais biológicos. “Foi feito estudo social na residência da família biológica semana passada. Este trabalho está sendo usado para gerar um relatório que o MP terá em mãos até o final da semana”, afirmou.
Sem retorno - A equipe de reportagem tentou contato com o juiz Bizerra, por meio da presidente da Associação dos Magistrados do Estado da Bahia, Nartir Dantas Weber, mas não obteve retorno. Ainda enviou mensagem para o e-mail do ex-titular de Monte Santo (atualmente na cidade de Barra), mas também não teve resposta, até o fechamento desta edição.
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