PF informou que material de pornografia infantil foi encontrado nos computadores dele
O radialista Rodrigo Vieira, que ficou famoso com o pseudônimo de Mução, foi preso durante uma operação da Polícia Federal em Fortaleza
(CE), nesta quinta-feira (28). A operação batizada de DirtyNet
(internet suja, em tradução livre) tem o objetivo de desarticular uma
quadrilha que compartilhava material de pornografia infantil na internet.
De acordo com a delegada Kilma Caminha, foram apreendidos conteúdos de
pornografia infantil em computadores do radialista. Ele teve a prisão
preventiva decretada e a polícia estuda a possibilidade de transferência
para Recife (PE). O material apreendido passará por análise. O
radialista ainda prestará depoimento. A PF deve se posicionar, até o
fim da tarde, sobre a transferência dele.
O advogado de Mução, Valdir Xavier, negou que o radialista tenha
qualquer envolvimento com o esquema e que ele mesmo irá falar com a
imprensa quando for liberado.
Mandados
A operação está sendo realizada em 11 Estados e no Distrito Federal.
Estão sendo cumpridos 50 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de
prisão nos Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Rio de
Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Ceará, Pernambuco,
Maranhão, Rio Grande do Norte e no Distrito Federal.
Segundo a PF, integrantes do grupo trocavam arquivos contendo
cenas pornográficas envolvendo adolescentes, crianças e até bebês. Além
da troca de arquivos, foram identificados ainda relatos de outros crimes
praticados pelos envolvidos contra crianças, inclusive com menção a
estupro contra os próprios filhos dos criminosos, sequestros,
assassinatos e atos de canibalismo, informou a PF.
No Rio de Janeiro, duas pessoas foram presas. Os mandados foram cumpridos em São Gonçalo e em Nova Iguaçu.
Espírito Santo
Foi cumprido um mandado de busca e apreensão no município da Serra (ES),
que resultou na prisão do estudante R.S.H, de 19 anos. Segundo a PF, em
seu computador foram encontrados vários arquivos de fotos e vídeos
envolvendo exploração sexual de criança. Durante a busca, o estudante
acabou confessando que tinha acesso a uma rede privada, onde obteve os
arquivos. Ainda de acordo com a PF, o jovem pagou fiança e responderá ao
processo em liberdade.
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