
O ex-marido da estudante degolada em Santo André, Allan dos Santos Peçanha, diz ter sido coagido pela polícia a confessar que participou do sequestro e da execução de Lore Vaz, de 26 anos, em Santo André. A afirmação foi feita pelo advogado do suspeito, Luiz Eduardo Crosselli.
O defensor alegou que, durante uma visita a ele na cadeia, Peçanha disse que só assumiu a autoria do crime porque foi intimidado pelos policiais. Crosselli, no entanto, não soube em qual momento o cliente foi pressionado e por quais policiais. Ele afirmou que irá apurar melhor os detalhes nesta quarta-feira (26).
rosselli pode usar a história de que Peçanha foi forçado a confessar o crime como embasamento para o pedido de habeas corpus (pedido de liberdade), que avalia apresentar à Justiça nesta semana.
Por decisão da Justiça, estão presos temporariamente: o ex-marido de Lore, o auxiliar de limpeza Robert Pirovani Gama, 21, e o funileiro Raimundo Nonato Bezerra, 32.
De acordo com a polícia, os três confessaram ter envolvimento no sequestro de Lore, mas nenhum deles admitiu ser o responsável por cortar o pescoço da vítima. Por isso, também não está descartada uma acareação entre os suspeitos.
Ademar Gomes, advogado da família de Lore, afirma que não é verdade que Allan foi pressionado para confessar.
Isso não é verdade, não corresponde à realidade. O depoimento foi presenciado pela promotora.
Na tarde de quarta-feira, a família de Lore Santana Vaz vai dar uma coletiva para falar sobre o assunto. A entrevista ocorrerá no escritório do advogado da família, na avenida Brasil.
Entenda o caso
A jovem foi encontrada degolada, na quinta-feira (13), dentro do próprio carro, em uma rua a 3 km de distância do local onde morava, em Santo André, no ABC paulista.
Na quinta-feira (21), o ex-marido da jovem, Allan dos Santos Peçanha, foi preso e depois confessou participação no crime. Ele afirmou que queria dar um susto e não pretendia matar a ex-mulher. Mas, para a polícia, ele tinha a intenção de assassinar a jovem.
Lore cobrava do ex-companheiro uma dívida. Para a polícia, esse foi o motivo do crime. Pressionado, Peçanha teria planejado o assassinato, contratado os dois homens e pagado um pouco mais de R$ 1.000 para que a estudante fosse morta.
De acordo com Vinícius Teixeira, que namorava Lore havia um ano, o ex-marido da jovem consolou a família dela no dia da morte. Peçanha teria cumprimentado o irmão da universitária e a cunhada, chorando, como se não soubesse de nada.
Vinícius contou que aconselhou a namorada a não cobrar mais a dívida do ex-marido. A mesma recomendação foi dada por Vandete Vaz, mãe de Lore. Ela temia que o ex-genro agredisse a estudante.
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