sexta-feira, 16 de março de 2012
'Eu quero o cemitério', diz morador de rua impedido de voltar ao local
O morador de rua que dormia em túmulos do cemitério de Três Pontas, no Sul de Minas, foi impedido pela prefeitura de retornar ao local. Depois que uma reportagem mostrou a história de Cristiano José da Silva, de 61 anos, a Secretaria de Assistência Social do município abriu uma sindicância administrativa para apurar as responsabilidades sobre o caso. O homem que afirma ser de Varginha dormia em túmulos no cemitério da cidade há quatro anos.
Sem poder entrar no local, agora o morador de rua dorme na praça da cidade. Quando chove ele se abriga na marquise de um trailler de lanches. Segundo ele, o cemitério era melhor e mais seguro. "Realmente eu quero o cemitério", diz.
Em nota oficial a prefeitura informou à reportagem do G1 que não tinha conhecimento do caso e assim que a situação foi confirmada, um boletim de ocorrência foi registrado. Ainda conforme a nota, a administração se prontificou a levantar documentos do homem em Varginha e ajudá-lo a se recuperar de seus vícios. A prefeitura também se prontificou a ajudá-lo a se aproximar da família.
De acordo com a Secretaria de Assistência Social, um abrigo foi oferecido ao morador de rua, mas ele se recusou a ficar nele. Ainda de acordo com o órgão, a família do homem é de Varginha, mas até o momento nenhum familiar foi encontrado.
O Caso
Um morador de rua de Três Pontas, no Sul de Minas, dormiu durante quatro anos em um túmulo dentro do cemitério da cidade. Cristiano José da Silva, de 61 anos, que é natural de Varginha, já foi seminarista. Ele contou que decidiu sair de casa e morar nas ruas depois que a mãe dele morreu.
O homem afirma que não tem filhos e acredita que dormir no local é mais seguro do que nas ruas. "Eu adoro dormir aqui. Não tem lugar mais seguro", diz Silva.
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