Em reunião realizada hoje, a Contraf-CUT (Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro) rejeitou a proposta da Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) de reajuste salarial para a categoria. A Fenaban ofereceu 8%, com um ganho real de 0,56%. A proposta anterior, que foi rejeitada pelos bancários, era de 7,8%.
Esta é a quinta rodada de negociações e até agora o entendimento entre patrões e funcionários não avançou. O presidente da Contraf, Carlos Cordeiro, disse que, com a rejeição, a categoria deve iniciar uma greve na próxima terça-feira (27). Os sindicatos devem se reunir com os trabalhadores na segunda-feira (26) para a deliberação.
As alterações feitas pela Fenaban acabaram frustrando nossas expectativas.
Segundo Cordeiro, os pisos pagos pelos bancos no Brasil chegam a ser menores do que na Argentina.
Por que o Brasil tem que ter um piso inferior ao da América Latina se a maior parte do lucro dos bancos vem daqui?
Ele ainda diz que a Fenaban alega que os custos de um reajuste de 12,8% (inflação mais aumento real de 5%, pedido pela Contraf-CUT) seriam muito elevados.
Não tem justificativa. O lucro dos seis maiores bancos cresceu 24% em média nos últimos dois anos e os gastos com custos subiram em média 7%.
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