Procedimento seria obrigatório para manter "boa aparência exigida na empresa"
Uma estagiária de 19 anos registrou um boletim de ocorrência após afirmar ter sido vítima de crime racial por uma diretora de escola no Brooklin, zona sul da capital paulista.
A vítima contou, em depoimento à polícia, que sofreu preconceito no trabalho por causa de sua cor. Segundo a jovem, a diretora da escola em que foi contratada teria a chamado em uma sala particular e pedido para que ela deixasse os cabelos presos enquanto estivesse na instituição de ensino.
Dez dias depois, a diretora teria chamado a estagiária novamente para questionar como ela poderia representar o colégio tendo os cabelos crespos. Segundo a vítima, a diretora ainda teria dito que tinha os cabelos crespos, mas os alisou para manter a boa aparência exigida na empresa.
De acordo com o boletim de ocorrência, a jovem ainda contou que foi reclamar com a sócia do colégio, porém ela teria alegado não acreditar no que a vítima dizia. A sócia também teria dito que se a estagiaria não estivesse satisfeita com o serviço, que poderia ir embora.
O caso foi registrado no Decradi (Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância) como prática de discriminação. A polícia instaurou um inquérito para investigar as acusações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário